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A confissão de pecados

A confissão de pecados

A palavra de Deus orienta aqueles que amam a Cristo e que, por isso, vivem em comunhão com os irmãos na fé em uma igreja local, a confessarem os pecados uns aos outros.

Mas qual é o sentido disto?

Qual é o propósito e o significado desta atitude?

Por vivermos próximos uns aos outros e por sermos pecadores, infelizmente acabamos nos machucando com palavras, atitudes e comportamentos inadequados com uma certa frequência.

Por isso, a palavra de Deus nos orienta a irmos até aquele que ferimos (ou que nos feriu) para restabelecermos a comunhão que tínhamos um com o outro em Cristo.

Portanto, o propósito da confissão é a restauração do relacionamento e o primeiro passo a ser dado é irmos até o irmão para que haja uma cura relacional.

É importante a intenção no coração de quem vai até o próximo.

Não devemos ir com um coração altivo, prontos para condenar o outro, evidenciando seus muitos erros.

Pelo contrário, devemos ir com um coração humilde, arrependido, quebrantado pelo Espírito de Deus, preparados para expor as nossas próprias fraquezas e mazelas da alma.

Outro erro comum é irmos até o próximo para nos justificarmos ao invés de assumirmos nossa culpa.

Confessar pecado ao outro não é justificarmos a nossa atitude com algum fato, mas simplesmente expor o nosso erro e, após pedir perdão, contarmos com a misericórdia dele.

Não devemos ir até ele para nos desculparmos justificando sempre cada palavra ou atitude nossa.

Pelo contrário, confessar o pecado ao outro é assumir que erramos porque somos pecadores, falhos, e que nada justifica o nosso comportamento passado.

Palavras como “Não sei como falei aquilo. Aquele não sou eu. Perdoe-me”, ou “Peço perdão, mas acabei falando aquilo por causa do que você me disse anteriormente” não são confissões de pecado, nem pedido de perdão, pois não envolvem humildade, arrependimento nem uma vontade real de se reconciliar.

Pelo contrário, demonstram soberba diante de Deus e do próximo.

“Aquele não sou eu?” Claro que é você, meu irmão!

Reconheça as trevas que possui em sua alma!

Eu sei que dói ver a realidade, mas somente confrontando o mal que existe em nós e assumindo que ele é real em nossa vida é que poderemos vencê-lo.

Saibamos que pedir perdão não é se desculpar com infinitas justificativas.

É assumir as suas trevas, o pecado pelo qual agrediu o seu irmão, sem ter nada nas mãos a não ser descansar na compaixão do Senhor.

É apresentar-se completamente desarmado, sem palavras prontas para a sua autodefesa.

É ir sabendo que errou, preparado para confessar a sua falha e pedir perdão para o outro sem jogar nenhuma culpa nele, em outros ou em alguma situação que supostamente o forçou.

Uma vez que o pecado foi confessado, cabe ao outro, se realmente estiver em Cristo, perdoar àquele que abriu o coração e confessou o seu erro.

Afinal, se o Senhor nos perdoou tantos pecados, quem somos nós para não perdoarmos ao próximo?

“Crente” que não perdoa, nunca foi crente, pois nunca valorizou a graça divina nem o sangue precioso derramado na cruz do Calvário pelo Filho de Deus.

Aqueles que provaram do perdão divino, perdoam.

São constrangidos pelo amor do Pai a perdoarem os seus irmãos.

Após o perdão, uma oração de reconciliação diante do Pai, no nome de Cristo, na unção do Espírito, traz a nós cura espiritual e física.

Todo relacionamento corrompido traz enfermidades até nós, começando em nossa alma, mas, se nenhuma atitude for tomada, nosso corpo também adoecerá com o tempo.

Além disso, a oração de reconciliação e perdão mútuo fecha as portas para o diabo, impedindo o inimigo de nossas almas de trazer até nós sofrimento e dor.

Não viva preso e enfermo de corpo e alma por causa da sua soberba e pela falta de arrependimento sincero.

Peça que o Espírito Santo o liberte hoje em seus relacionamentos.