A compreensão que temos de Deus afeta a nossa vida comunitária em todos os sentidos e níveis.
Um entendimento distorcido do Criador sempre resulta em sofrimento, injustiça e na corrupção dos nossos relacionamentos, do nível familiar ao nível social mais abrangente.
Pelo simples fato de uma sociedade ou família não crer em um Deus triúno ela provavelmente terá muitas situações contrárias à vontade divina e que geram algum tipo de sofrimento.
Por exemplo, por não crer na Trindade, um Deus único formado por três pessoas que vivem em perfeita comunhão e tudo decidem juntos, justifica-se o totalitarismo político defendido por alguns.
Afinal, se há uma única pessoa no céu com toda autoridade, autoridade esta que não pode ser questionada, o mesmo pode se repetir na terra, pois, para esses, essa é a vontade e a forma divina de administrar e liderar um povo.
O mesmo se repete na religião quando a crença na Trindade não é fato ou é ignorada por aqueles que afirmam nela crer.
Toda religião que segue um deus não trinitário acaba gerando líderes espirituais autoritários, vistos como deuses ou semideuses.
Esse autoritarismo religioso é justificado por eles na forma que compreendem Deus, uma pessoa superior, intocável.
O povo, escravo dos ensinos corrompidos sobre Deus, acaba se sujeitando a esses líderes em suas religiões de forma passiva, crendo que agradam a Deus vivendo assim.
O racismo também é justificado a partir de uma imagem distorcida do Criador.
Quando Deus é compreendido como uma única pessoa que reina sem se preocupar com nenhuma opinião, vontade ou necessidade, afinal, é o poderoso e soberano, aquele que está acima de tudo e todos, por que não haver uma raça ou um fenótipo de algum grupo de pessoas que esteja acima de todos os outros?
Por outro lado, se Deus é Triúno, existe nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito, e tudo que planeja, decide e realiza acontece a partir da comunhão existente entre os Três Eternos, sendo os Três iguais em glória, honra, poder, majestade e autoridade, já não temos justificativa para nenhuma forma de racismo ou preconceito entre nós.
O machismo familiar é também uma consequência direta de uma compreensão distorcida do Eterno.
Uma compreensão monoteísta não trinitária leva-nos a justificarmos a opressão da mulher pelo homem na família.
Quando cremos que existe uma única pessoa com autoridade sobre todas as coisas, com todo o controle no céu, facilmente transpomos esse modelo corrompido para nossas casas.
O homem se torna o líder com toda autoridade e poder, enquanto a mulher passa a ser sua mera ajudadora.
Todavia, quando cremos no Deus triúno, já não podemos seguir esse modelo opressor em nossos lares.
Se o Deus único é triúno, tudo decide a partir da comunhão dos Três Eternos, todos têm a mesma autoridade, poder e glória, todos merecem o mesmo respeito e reverência, qualquer forma de autoridade e liderança em nossas casas que difira disso, é contrária à vontade divina.
Falta-nos humildade para reconhecermos que temos muito para mudar, para adequar-nos ao modelo divino de liderança e autoridade.
Resistimos até mesmo avaliar com sinceridade os modelos que utilizamos para presidir nos diversos níveis sociais.
Tememos perder algum poder, alguma autoridade.
Sentimo-nos inseguros em questionar modelos familiares que herdamos e aprendemos.
Todavia, se desejamos agradar ao Senhor e viver segundo o modelo de comunidade e família da Trindade, precisamos ousar avaliar nossos conceitos e nos dispormos a fazer as mudanças necessárias entre nós e em nós.
Oremos pedindo que o Triúno santifique os nossos relacionamentos, dê-nos coragem de avaliarmos nossos conceitos sem ficarmos na defensiva e, também, toda a ousadia para vivermos segundo o padrão eterno de família e comunidade existente entre o Pai, o Filho e o Espírito.
PESCA
Tema: A vida cristã e os relacionamentos (Comunhão)
Texto: Atos 2. 42-47
A comunhão dos que creram
42 Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. 43 Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. 44 Os que criam mantinham‑se unidos e tinham tudo em comum. 45 Vendiam suas propriedades e bens e os distribuíam conforme a necessidade de cada um. 46 Todos os dias, continuavam a reunir‑se no pátio do templo. Partiam o pão em casa e juntos participavam das refeições com alegria e sinceridade de coração, 47 louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.
Atos 2. 42-47
- Quando a igreja nascente congregava, como a comunhão estava presente entre eles? (vs. 42, 43).
- Como a comunhão entre eles e o amor que tinham por Deus afetava a forma de compreenderem e administrarem seus bens? (vs. 44, 45).
- Como era o relacionamento entre eles fora da igreja nos outros dias da semana além do dia do Senhor? O que isso nos ensina? (vs. 46, 47).
- Quando aquelas pessoas passaram a compreender melhor Deus a partir de Jesus Cristo, todas essas mudanças aconteceram em suas vidas. Leia o artigo do boletim e, com base nele e no texto, responda:
- Quais são alguns desafios grandiosos e importantes que você vê que a igreja do tempo presente precisa encarar?
- Quais são algumas ideias que vem na sua mente que poderiam nos ajudar nesse processo de transformação e santificação?
- Quais são alguns desafios grandiosos e importantes que você vê que a igreja do tempo presente precisa encarar?
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