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A indiferença

A indiferença

Tempo após o retorno de Israel do exílio babilônico, a palavra do Senhor veio pelo profeta Ageu:

Assim diz o Senhor dos Exércitos: Este povo afirma: “Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do Senhor”.

Ageu 1. 2

Essa palavra foi dada ao povo de Deus porque cada um estava correndo atrás dos seus interesses próprios enquanto o templo estava destruído, esquecido.

O local que representava a casa de Deus e era onde o povo se unia em torno do Altíssimo estava abandonado.

O profeta insistia com o povo indiferente com a casa do Senhor e com sua obra sobre a terra. Ele os dizia em nome de Deus:

Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?

Ageu 1. 4

O profeta se empatizava com Deus, sentia em si o desprezo que o Senhor sofria do povo que amava e cuidava com tanto carinho.

Em meio a todo aquele descaso, Deus, por meio de Ageu, ainda exortava o povo a refletir em suas vidas, a verem como aquela atitude deles os afetava.

O profeta dizia:

Agora, assim diz o Senhor dos Exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos os levaram. Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada”.

Ageu 1. 5, 6

Distante da vontade divina, tudo que faziam para si mesmos e suas famílias acabava sendo pouco, insuficiente.

Vivendo como ímpios, pessoas que não temem e nem se importam com o Senhor, sua vontade e obra, acabaram provando de sua própria escolha.

Tudo que tanto se esforçavam para alcançar, dificilmente alcançavam e, quando alcançavam, ainda era pouco, nada que trouxesse paz, alegria, segurança ou mantimentos suficientes para a casa.

Não aproveitavam nada daquilo que tanto lutavam para conquistar todos os dias.

Aqueles que se declaravam povo de Deus enquanto corriam apenas atrás dos seus próprios interesses certamente culpavam muitos pela pobreza, insatisfação e dificuldades que enfrentavam.

Como muitos fazem hoje, toda a culpa é do governo, do patrão sem compaixão, do funcionário displicente, da criação que tivemos, assim também faziam.

Hoje temos muitos que lançam todas as culpas no diabo, mas o profeta Ageu nos chama a atenção para algo muito importante. Ele diz àquele povo:

“Vocês esperavam muito, mas, para surpresa de vocês, acabou sendo pouco. E o que vocês trouxeram para casa eu dissipei com um sopro. E por que fiz isso? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “Por causa do meu templo, que ainda está destruído, enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. Por isso, por causa de vocês, o céu reteu o orvalho e a terra deixou de dar o seu fruto. Provoquei uma seca nos campos e nos montes, que atingiu o trigo, o vinho, o azeite e tudo mais que a terra produz, e também os homens e o gado. O trabalho das mãos de vocês foi prejudicado”.

Ageu 1. 7-11

Não era diabo, nem governantes, nem qualquer outra pessoa que causava aquela situação que viviam.

Era o próprio Deus que diziam servir que estava, por meio daquelas dificuldades, exortando-os para voltarem para ele!

Enquanto priorizavam suas vidas e se esqueciam da casa do Senhor, permaneciam sujeitos a todo aquele sofrimento e insatisfação.

Deus deixa claro àquele povo que ele queria o templo edificado, sua casa para ser um local de adoração e comunhão.

Desta forma, ele seria glorificado pelo seu povo.

Ele diz:

“Vejam aonde os seus caminhos os levaram! Subam o monte para trazer madeira. Construam o templo, para que eu me alegre e nele seja glorificado”, diz o Senhor.

Ageu 1. 7, 8

Enquanto não priorizassem isso, ele continuaria fechando os céus, a terra seria improdutiva e todo esforço e trabalho deles em vão.

Pensemos na igreja hoje.

A mesma indiferença é vista em muitos crentes.

Querem a bênção – a paz na família, prosperidade, segurança e alegria real – mas não aceitam viver um compromisso profundo com Deus e seu povo.

Exigem cultos e aulas bíblicas de alto nível, mas não participam com frequência.

Ministérios funcionais, mas não ajudam em nenhum deles.

Criticam a presença baixa em suas igrejas, mas não evangelizam ninguém nem investem tempo fazendo discípulos para Cristo.

A igreja passando dificuldades financeiras e nem mesmo dizimistas comprometidos são!

É vergonhoso isso.

É tempo de acordarmos e edificarmos a igreja, pois é isso que Deus deseja e o satisfará.

Não é tempo de corrermos atrás de nossas prioridades mundanas e esquecermos da obra divina.

Desperte, comprometa-se, envolva-se, invista no reino de Deus hoje!


PESCA

Tema: A indiferença (Serviço)

Texto: Ageu 1. 1-11

1 No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, a palavra do Senhor veio, por meio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
2 ― Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Este povo afirma: ‘Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do Senhor’ ”.
3 Por isso, a palavra do Senhor veio novamente por meio do profeta Ageu:
4 ― Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto esta casa continua destruída?
5 Agora, assim diz o Senhor dos Exércitos:
― Vejam aonde os seus caminhos os levaram. 6 Vocês têm plantado muito, mas colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem‑se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe‑o para colocá‑lo em uma bolsa furada.
7 Assim diz o Senhor dos Exércitos:
― Vejam aonde os seus caminhos os levaram! 8 Subam ao monte e tragam madeira. Construam a minha casa, para que eu me alegre e nela seja glorificado — diz o Senhor. 9 — Vocês esperavam muito, mas eis que veio pouco. E o que vocês trouxeram para casa, eu o dissipei com um sopro. E por que o fiz? — declara o Senhor dos Exércitos. — Por causa da minha casa, que ainda está destruída, enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. 10 Por isso, por causa de vocês, o céu reteve o orvalho, e a terra deixou de dar o seu fruto. 11 Nos campos e nos montes, provoquei uma seca que atingiu o trigo, o vinho, o azeite e tudo o mais que a terra produz, bem como os homens e o gado. O trabalho das mãos de vocês foi prejudicado.

Ageu 1. 1-11
  1. Qual é o problema apresentado pelo profeta no texto?

  2. Com o que o povo estava tão preocupado que não encontrava tempo e disposição para trabalhar na casa do Senhor?

  3. Que tipo de consequências tiveram em suas vidas? Por que tais coisas que não desejavam continuavam acontecendo com eles e em suas famílias?

  4. Que paralelos podemos fazer com a indiferença de tantos crentes hoje em relação à igreja e à obra do Senhor? Veja no artigo algumas ideias para serem discutidas no grupo.