Quem dá aos pobres não passará necessidade, mas quem fecha os olhos para não os ver sofrerá muitas maldições.
Provérbios 28. 27
Vivemos em tempos de egoísmo, individualismo e materialismo extremos.
Cada um pensa somente em si mesmo, em seus sonhos, planos, dinheiro, bens, conquistas e bem-estar.
O próximo já não tem lugar na vida da grande maioria das pessoas.
Não queremos compartilhar, dividir, doar nada para ninguém.
Alguém que amorosamente invista o tempo, dinheiro, bens, talentos e capacidades pessoais para beneficiar outros é raríssimo.
Este fato, infelizmente, é real também nas igrejas.
São poucos os crentes que se importam com as carências do seu semelhante.
Queremos tudo para nós mesmos.
Desejamos sempre mais e mais.
Nunca achamos que é hora de abençoarmos aqueles que necessitam.
Declaramo-nos pobres e, assim, tentamos justificar para nós mesmos a nossa omissão em relação ao sofrimento daqueles que realmente o são, pessoas e famílias inteiras que não tem o que comer, vestir, um local seguro para viver, dinheiro para comprar remédios para suas enfermidades.
Este egoísmo e apego aos bens materiais é facilmente percebido nas igrejas.
Basta a liderança falar um pouco mais sobre dízimo e ofertas que muitos se incomodam.
Mesmo sendo mostrado que é bíblico – tanto no Antigo quanto no Novo Testamento – ainda escolhem suas justificativas com aparência de sabedoria e espiritualidade, mas que, na verdade, apenas revelam onde seus corações realmente estão: no dinheiro, nos bens, mas não no Senhor.
Alguns defendem suas atitudes afirmando que muitas igrejas abusam nos dízimos e ofertas.
Sim, é verdade.
Todavia, isso não justifica a falta de investimento no reino de Deus nem a desobediência à palavra divina.
É uma atitude de desamor ao Senhor e ao próximo.
Afinal, em uma igreja séria, os dízimos e ofertas não vão para o bolso do pastor, nem da liderança, mas para a proclamação do evangelho aos perdidos e para socorrer os carentes.
Um cristão não pode ignorar o pobre e suas angústias diárias.
Agimos às vezes como se tudo fosse culpa dos governantes, quando poderíamos estar fazendo algo para socorrer pelo menos aqueles que estão mais perto de nós.
Corremos o risco de pecarmos diante de Deus naquilo que condenamos nos poderosos da nossa sociedade.
Ao vermos uma criança faminta e não fazermos nada por estarmos atrasados para alguma reunião, será que estamos justificados diante de Deus?
Se fôssemos nós com fome, entenderíamos aqueles que não pararam para nos dar o alimento porque estavam com pressa?
Creio que não.
O versículo no início nos mostra duas verdades que ignoramos.
A primeira é:
Deus afirma que aqueles que se importam, acolhem e socorrem aos pobres jamais passarão necessidade.
Veja bem, não está dizendo que serão ricos, mas que nunca passarão necessidade do básico para viver.
Deus mesmo proverá o que eles e suas famílias precisam para viver todos os dias.
Deus os abençoará de forma especial, real, contínua com a sua fidelidade que nunca falha.
A segunda verdade é:
Aqueles que escolhem viver uma vida egoísta, individualista e materialista, recusando, por isso, socorrer aos pobres, ainda que se declarem crentes, sofrerão muitas maldições.
Não é difícil vermos isso hoje.
Eu mesmo conheço muitos crentes que, por amarem os bens mais do que a Deus e ao próximo, vivem como amaldiçoados, sem alegria, satisfação e paz na vida.
Estão sempre reclamando de tudo e todos, sempre em busca de culpados para suas frustrações e tristeza, quando, na verdade, estão debaixo de maldições aprovadas e anunciadas anteriormente pelo próprio Criador.
Quer ter uma vida abençoada em Cristo?
Quer que a bênção do Senhor esteja na sua casa, com a sua família?
Coloque o amor ao Senhor Jesus Cristo e ao próximo em primeiro lugar na sua vida.
Desta forma, a bênção do Altíssimo estará com vocês todos os dias.
Ele mesmo proverá tudo que precisam, desde alimento e bens, até a paz, alegria, esperança e satisfação verdadeiras para viverem cada dia.
Comece hoje a ver os pobres como Jesus, o Senhor, os via.
PESCA
Tema: Alguém que se importa (Comunhão)
Texto: Provérbios 28. 27
- O texto bíblico fala sobre o cuidado e o amor que devemos ter com os pobres. Deus espera isso de nós, seu povo. Por que isso nos é tão difícil hoje? Quais barreiras temos que vencer para cumprir esta vontade do Senhor?
- Como a questão dos dízimos e ofertas estão ligadas a este versículo? Por que falar de dízimos e ofertas incomoda tantos hoje?
- Muitos culpam os governantes por não fazerem nada pelos pobres. Alguns justificam sua falta de envolvimento com os necessitados pela correria que vivem. Outros, por simplesmente se autodeclararem pobres. Será mesmo que estas afirmações justificam diante de Deus nosso individualismo, egoísmo e materialismo?
- Quais são as duas verdades importantíssimas que existem neste versículo de provérbios? Como elas podem atingir a vida do cristão?
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