Somos muito rápidos para detectar erros na vida de outras pessoas e, não apenas isso, para determinarmos prontamente a sentença devida a elas pelas suas atitudes, palavras e comportamentos.
Somos frios e calculistas quando olhamos para a vida de outros.
Agimos sem nenhuma misericórdia, bem diferente do que esperamos de Deus quando oramos e apresentamos nossa vida diante dele.
O Senhor Jesus nos exorta dizendo:
“Não julguem, para que vocês não seja julgados. Pois, da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês”
Mateus 7. 1,2
Com essas palavras, Jesus Cristo não está nos proibindo de analisarmos o que é certo ou errado, se algo está de acordo com a vontade do Pai ou não.
Afinal, é a própria palavra de Deus que também nos ensina dizendo:
“Julguem todas as coisas e fiquem com o que é bom”
1 Tessalonicenses 5. 21
Ou seja, devemos analisar cada situação, comportamento, atitude, oportunidade, palavra, valores, prioridades para que façamos escolhas sábias e tenhamos atitudes que agradem ao Senhor.
Entretanto, o que devemos evitar é condenarmos outros pelos seus erros, sejam estes comportamentos, atitudes, palavras, prioridades ou valores opostos aos do reino de Deus.
Se analisarmos com amor, visando uma correção compassiva ou um livramento para a pessoa, poemos sim julgar a situação, as palavras e os comportamentos.
Todavia, se a nossa postura for de condenação a ela, já erramos e estamos usurpando o lugar de Deus.
Só Deus pode condenar qualquer pessoa pelos seus pecados. Cabe-nos apenas ajudar, socorrer e agir com compaixão com todos aqueles que erraram em algo.
Que fique bem claro: quando o Senhor nos exorta a não julgarmos uns aos outros, ele está nos ensinando que não cabe a nós agirmos como juízes, dando a sentença para aqueles que erraram em algo.
Podemos julgar a atitude como errada, mas sem gerar alguma punição ou humilhação para aqueles que falharam com o Senhor ou com outros.
Podemos julgar os ato visando o bem daquele que infelizmente fracassou, mas não a pessoa, pois o juiz é o Senhor.
Se usurparmos o lugar do Criador, como disse Jesus, acabaremos sendo julgados por Deus pelos mesmos critérios que usamos contra o próximo para condená-lo.
Um sinal de que estamos julgando pessoas e não as atitudes com o fim de crescimento espiritual e restauração da fé é a presença da maledicência.
Quando evidenciamos erros de alguém para outros sem a intenção de levar cura para aqueles que erraram, estamos julgando, difamando e agredindo tanto aquele que errou quanto ao próprio Deus.
O pastor e teólogo Ray Andeson disse:
“A lista de pessoas que eu não escolheria para serem seguidoras de Jesus cresce dia a dia. Mas, ao fim de cada dia, ao olhar no espelho, parece que a face que lá vejo é de uma pessoa também desqualificada para ser chamada de discípulo de Jesus Cristo”.
Nos é prazeroso criticar e difamar outros porque enquanto destruímos aqueles que erraram, sentimo-nos superiores, mais santos, mais espertos e mais dignos.
Além disso, utilizamos o ato de julgar e condenar pessoas para fugirmos das nossas próprias mazelas.
É muito mais agradável criticar o pequeno cisco no olho do outro do que tirar o rochedo gigante que está no nosso, fazendo-nos cegos para a verdade em nosso interior (Mateus 7. 3-5).
Cuidemos, senão erraremos julgando outros.
É muito fácil cairmos nesse pecado, afinal, muitas vezes o utilizamos como instrumento de defesa, para tirarmos o foco dos nossos erros e fracassos espirituais que tanto nos machucam quando chegam ao nosso consciente.
Lembremos: Jesus é o justo juiz!
Pense nisso…
“Quando o amor foi destruído e a fé na oração já se foi, nossa única esperança está no amor e na fé de Jesus Cristo.
Pr. Ray Anderson
Ele vem a nós não porque oramos corretamente ou porque o amamos como deveríamos.
Ele vem até nós também em nossas noites sem oração e amor para se tornar novamente o foco e razão da nossa fé.”
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