Todo o Antigo Testamento revela sinais a respeito do Escolhido de Deus que viria para a nossa salvação.

Cada texto apresenta um pouco sobre o Eleito de Deus e sua obra redentora.

No capítulo quatro de Gênesis, encontramos a história de Abel e Caim.

Ao contrário do que muitos pensam, ela não existe apenas para contar a história do primeiro homicídio.

Apesar de falar sobre isso, existe um propósito muito maior por trás deste texto bíblico.

A Bíblia nos mostra que o escolhido de Deus, aquele que entregou uma oferta agradável a ele, é morto por um rebelde ao Senhor.

Abel, que foi aceito por fazer segundo a vontade de Deus, foi morto por Caim que, apesar de ter uma espiritualidade aparentemente sadia aos seus olhos, não se preocupava realmente em agradar ao seu Criador.

Caim cumpria sua religiosidade e fazia ofertas ao Senhor.

Entretanto, diferentemente de Abel, ele não entregava o seu melhor, as primícias, mas os restos que não lhe serviam para muita coisa.

Caim aparentava ser um homem de Deus, mas vivia para si mesmo, segundo suas prioridades e valores.

Caim vivia uma espiritualidade ritualista, egoísta, materialista e descomprometida com a glória e serviço do Senhor.

E, quando confrontado com a verdade do seu pecado e culpa, ao invés de se arrepender, preferiu matar e condenar o justo Abel.

Na verdade, o religioso ritualista sempre busca matar o justo na história humana.

Deus já havia introduzido o conceito de sacrifício no capítulo três de Gênesis (Gn 3.21).

Agora, o Senhor introduz o conceito de que o justo morreria nas mãos do injusto.

O Criador estava nos preparando e ensinando desde o princípio a respeito do seu Eleito, Jesus Cristo, e da sua obra de redenção.

Não de uma forma única e repentina, o Eterno apresenta o seu caminho de salvação.

Ele escolheu revelá-lo de forma didática, calma e progressiva.

Por meio de sua palavra e da história, ele conduziria o seu povo a uma compreensão cada vez mais clara sobre a sua obra de redenção por meio do Cordeiro de Deus que viria a nós.

O Criador está nos ensinando uma verdade preciosa e central na sua palavra:

“O Eleito de Deus deve morrer”.

Em muitos outros textos bíblicos esta verdade está presente.

Jesus, o autêntico Eleito de Deus, deveria morrer para a nossa salvação.

Nós, que estamos ligados a Cristo pela fé, herdamos a sua eleição e, por isso, somos chamados para morrer todos os dias para conduzirmos outros à fé nele e, assim, honrarmos e alegrarmos ao Pai (Mt 16.24).

Após Caim matar Abel, quando o mal aparentemente havia vencido, pois matou o verdadeiro adorador e sua descendência com ele, o Criador dá a sua resposta, o seu milagre de salvação e graça: Deus dá outro descendente a Adão e Eva.

O nome dele era Sete.

De Sete nasceu Enos, e este passou a invocar a presença divina novamente (Gn 4.25,26).

Quando parecia que o mal havia prevalecido, Deus levanta um adorador da descendência de Sete.

O mal não prevaleceu, mesmo tendo matado o justo de Deus.

Simbolicamente, o Criador “traz o justo à existência novamente” para que a sua missão salvífica se concretize em meio à humanidade toda.

Ou seja, por meio de símbolos, a ressurreição foi anunciada neste texto.

Como não ver Deus ensinando neste texto bíblico a respeito do Justo, Jesus Cristo?

O Eleito que foi morto pelos religiosos, pelos que estavam distantes do Eterno.

Quando tudo parecia perdido, o Todo-Poderoso fez o milagre e o ressuscitou.

A missão não falharia, seria cumprida pelo Cristo.

Jesus, nem o Pai, nem o Espírito fracassariam em seu plano eterno de salvação.

Existiu um tempo de espera até que a graça fosse evidente.

Até que viesse Sete e seu filho Enos, parecia que o mal havia vencido.

Após a morte de Jesus também houve um tempo de espera, afinal, ele ressuscitou apenas no terceiro dia.

Será tudo isso coincidência, forçar algo que não existe?

Se formos olhar para toda a Bíblia, Antigo e Novo Testamentos, veremos que ela é toda sobre Jesus.

São sessenta e seis livros repletos de profecias sobre ele.

Parece que não crer no Salvador e na palavra que dele testemunha exige muito mais fé, pois ao acaso nunca todas estas “coincidências” aconteceriam.

Portanto, creia e viva nele!

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PESCA

Tema: Caim, Abel e Jesus (Adoração)

Texto: Gênesis, 4. 8-16

⁸ Caim falou com o seu irmão, Abel:
― Vamos para o campo.
Quando estavam lá, Caim atacou Abel, o seu irmão, e o matou.

⁹ Então, o Senhor perguntou a Caim:
― Onde está Abel, o seu irmão?
Ele respondeu:
― Não sei. Sou eu quem deve guardar o meu irmão?

¹⁰ O Senhor disse:
― O que foi que você fez? O sangue do seu irmão clama da terra a mim. ¹¹ Por isso, agora você é amaldiçoado pela terra, que abriu a boca para receber da sua mão o sangue do seu irmão. ¹² Quando você cultivar a terra, esta já não lhe dará o seu fruto. Você será um fugitivo sem rumo pela terra.

¹³ Caim disse ao Senhor:
― O meu castigo é maior do que posso suportar. ¹⁴ Vê! Hoje me expulsas da face da terra, e terei que me esconder da tua presença; serei um fugitivo sem rumo pela terra, e qualquer que me encontrar me matará.

¹⁵ O Senhor, porém, lhe respondeu:
― Não será assim; qualquer que matar Caim será vingado sete vezes.
Então, o Senhor pôs em Caim um sinal, para que qualquer que o encontrasse não o matasse. ¹⁶ Assim, Caim retirou‑se da presença do Senhor e foi viver na terra de Node, a leste do Éden.

1. É comum justos serem perseguidos por injustos. Você percebe esse comportamento semelhante ao de Caim hoje? Como isso acontece?
   
   
2. Caim aparentava ser um homem de fé, mas tudo não passava de uma grande mentira. Como isso acontece hoje?
   
   
3. O religioso ritualista Caim matou Abel. Os religiosos ritualistas perseguiram Jesus e o entregaram a Roma para ser morto. Por que aqueles que apresentam uma fé ritualista perseguem aos que vivem pelo Espírito?
   
   
4. No artigo desta semana foi apresentado um princípio missiológico: “O Eleito de Deus deve morrer”. Como esta verdade se aplica a Cristo e a nós que nele cremos?
   
   
5. Por que os eleitos aceitam morrer? Que tipo de esperança e fé os move a agirem assim?