Temos estudado e sido ministrados nos cultos sobre o jejum.
É impressionante e triste como a igreja atual ignora ou realiza o jejum de forma errada.
O jejum é uma arma espiritual a nós concedida pelo Senhor que pode nos conduzir a várias vitórias, mas, como toda arma, deve ser utilizada com sabedoria e de forma correta.
Vejamos os cinco erros mais comuns hoje na utilização desta arma espiritual.
1º erro: O jejum sem a oração.
O jejum não é um fim, mas um meio para que nossa oração seja mais eficaz.
O jejum sem a oração perde o sentido e se torna apenas uma dieta qualquer.
O jejum é uma forma de enfraquecermos a nossa carne e seus desejos e dedicarmos tempo e atenção ao Senhor por meio da oração.
Sem a oração, o jejum é um ritual morto, sem eficácia nem sentido.
2º erro: O jejum como meio de barganha com Deus.
Muitos tentam utilizar o jejum como se fosse uma forma de seduzir ao Senhor para terem seus desejos concedidos.
O profeta Zacarias (Zc 7.1-7) ensina-nos a perguntar: para que é o meu jejum, para mim mesmo ou para o Senhor?
O jejum é eficaz não por seduzir ao Senhor, mas por nos colocar em uma posição de dependência de Deus; não deve ser para que a nossa vontade prevaleça, mas para que a vontade do Senhor se cumpra e estejamos em paz com ela.
Apresentamos a nossa vontade, mas a submetemos à amorosa soberania do Criador.
3º erro: O jejum como sacrifício.
O povo de Deus precisa compreender de uma vez por todas que o Senhor não se alegra com sacrifícios (Os 6.6).
Se o jejum for praticado como um sacrifício, ele perde o seu significado original e será rejeitado pelo Senhor.
Deixar de tomar um refrigerante ou comer chocolate por um tempo como um sacrifício não é o jejum que agrada a Deus.
O verdadeiro jejum não é um sacrifício religioso, mas um culto racional em que o Senhor é buscado por alguém que o ama e reconhece que necessita dele.
4º erro: O jejum sem o interesse de uma transformação pessoal.
Todo jejum realizado sem uma abertura para um quebrantamento pessoal e uma transformação da nossa vida é rejeitado pelo Senhor (Mq 6.6-8).
Em meio a um jejum autêntico, podemos descobrir que somos nós que precisamos ser transformados.
Se formos humildes, o Senhor fará a sua obra em nossa vida e, então, responderá àquilo que apresentamos a ele de acordo com a sua sabedoria, graça e compaixão.
O verdadeiro jejum, portanto, é um encontro profundo com o Senhor em que o nosso coração deve estar aberto para ser tocado, quebrantado, transformado e reconsagrado a ele.
A questão central não é se Deus concederá a nossa vontade, mas se estamos sujeitos ao seu agir em nossa vida, mesmo quando ele toca em áreas que preferimos esconder, fingir que está tudo certo nelas ou que doem ao serem tocadas.
5º erro: O jejum centrado no “EU”.
O jejum egoísta (sem espaço para a compaixão, justiça e bondade) é rejeitado por Deus (Is 58.1-12).
Muitas vezes estamos tão preocupados com nossas “coisinhas” – como dinheiro, carro, trabalho e lutas pessoais – que passamos a ignorar a dor do próximo.
Tornamo-nos egoístas, materialistas, vazios, indiferentes, religiosos com uma espiritualidade morta.
Angustiamo-nos a ponto de quase perder a fé, desanimar de ir à igreja, orar, estudar a palavra do Senhor por causa de coisas materiais enquanto temos irmãos e pessoas ao nosso lado com enfermidades gravíssimas e com crises profundas.
Negamos fazer algo a respeito, pois estamos muito preocupados com nossa vidinha e lutas pessoais.
Jejuamos por nossos pedidos egoístas enquanto ignoramos toda dor e injustiça na vida de todos ao nosso redor.
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