woman wearing red sweatshirt looking at top between trees near grass during daytime
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Compromisso sério

Compromisso sério

Vivemos em um tempo onde compromissos sérios, definitivos e profundos são raros.

Os compromissos com o cônjuge, com os filhos, com os pais, com os amigos e até com Deus são rasos e desvalorizados.

Os compromissos são mantidos enquanto consideramos convenientes para nós.

Se exigirem algum esforço ou renúncia nossa, ou implicarem na perda de conforto ou no impedimento de alguma vontade ou plano pessoal, escolhemos, sem pensar muito, abrir mão do compromisso anteriormente assumido.

Essa realidade tem impactado fortemente a vida comunitária nas igrejas.

Se até o nosso compromisso com Deus é deixado de lado quando nos afeta de alguma forma que não gostamos, quanto mais a nossa comunhão com os irmãos!

Entretanto, há dois personagens bíblicos que têm muito a nos ensinar sobre tal tema: Ester e Mardoqueu.

Ester era uma jovem judia quando se casou com o rei da Pérsia, o grande império que dominava o mundo naqueles dias.

Em certo momento, foi decretado pelo rei Assuero que todos os judeus deveriam morrer, fossem eles homens, mulheres, jovens ou crianças.

Independente do sexo e da idade, todos deveriam ser mortos.

Mardoqueu, que havia criado Ester desde pequenina, sabendo do decreto real, vestiu-se de pano de saco e de cinzas em sinal de humilhação diante de Deus e foi até as portas do rei clamar por seu povo.

Ele sabia que era odiado por um dos grandes de Assuero, Hamã, mas mesmo com sua vida em risco, foi clamar por misericórdia pelo seu povo.

Mardoqueu, por estar vestido de pano de saco, não pôde passar dos portões, todavia, enviou uma mensagem à rainha Ester pedindo que intercedesse pelo seu povo diante do rei Assuero, seu esposo.

Ester, ao ouvir a mensagem, enviou uma resposta a Mardoqueu dizendo que, mesmo sendo esposa, não poderia entrar na presença do rei se não fosse por ele chamada, caso contrário, pela lei persa ela deveria ser morta.

Mardoqueu, ao ouvir tal resposta, enviou-lhe mais um conselho e pedido a Ester dizendo-lhe que deveria saber que nenhum judeu escaparia com vida, nem mesmo ela, caso tal decreto se cumprisse no reino.

Ele conhecia muito bem o Deus que servia e tinha certeza que socorreria o seu povo, fosse por Ester ou por outra pessoa, mas que ela deveria saber que não foi sem propósitos que Deus havia a estabelecido como rainha.

Quem sabe fosse exatamente para socorrer os judeus naquele momento que o Senhor havia a colocado em tal posição de liderança e destaque!

Diante disso, movida pelo Espírito, Ester reconheceu o seu papel no povo de Deus e o compromisso que deveria ter e respondeu a Mardoqueu por meio dos seus servos:

Ester compreendeu a sua importância para os judeus.

Ela não podia ter uma vida descomprometida do povo de Deus.

Deveria estar conectada intimamente àqueles que criam (chorando, rindo, lutando, orando, jejuando e celebrando junto), ligada à comunidade da fé de corpo e alma, comprometida com a sua própria vida.

Conforto, privilégios e tudo que tinha como rainha deveria vir em segundo plano.

O seu Deus se importava com o seu povo, logo, ela também deveria amar, se importar e ser bênção para os judeus.

No fim, Ester clamou diante do rei pelo povo e tudo foi revertido.

O povo foi poupado e o perseguidor, Hamã, foi punido pelo seu plano maligno.

O Criador espera que tenhamos esse mesmo compromisso, amor e dedicação de Mardoqueu e Ester com o seu povo, a igreja.

O Senhor quer que vivamos em comunhão verdadeira, ligados uns aos outros, superando as nossas diferenças, pagando o preço por termos sido feitos família de Deus nele.

Não podemos ignorar a seriedade deste chamado que temos em Cristo para sermos um só povo nele.

Deixemos de lado o viver egoísta, mundano, descomprometido e desconectado que tem invadido as igrejas e vivamos como verdadeiros filhos e família de Deus.


PESCA

Tema: Compromisso sério (Comunhão)

  1. Ester era rainha do império Persa. Qual era a tentação que provavelmente tinha em relação à realidade dos judeus?