De manhã cedo, quando voltava para a cidade, Jesus teve fome. Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: “Nunca mais dê frutos!” Imediatamente a árvore secou.
Mt 21.18,19
Estas são palavras que devemos ler com muito cuidado e reverência. Elas demonstram a seriedade com que Deus olha para o seu povo no que se refere ao cumprimento da sua missão.
A figueira é um dos símbolos que representam Israel na Bíblia.
Ou seja, Jesus estava, por meio da sua fome e daquela figueira, ensinando que Israel havia falhado na missão de ser bênção para as nações.
Israel, ao invés de ser bênção para os povos, preocupou-se apenas em reter para si tudo que recebia do Senhor.
Os povos, ao invés de serem compreendidos como o alvo missionário e de bênção de Israel, eram vistos como inimigos a serem odiados. Não foi isso que, desde o princípio, Deus planejou e disse a Abraão quando o chamou:
(…) sê tu uma bênção (…) em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gn 12.2,3
Jesus está deixando claro que Deus espera “ansiosamente” que o seu povo produza os frutos esperados, frutos de amor que alcancem o mundo e apresentem a sua graça.
Se no tempo aprazado ele não encontrar tais frutos, tal figueira será descartada, pois não é digna de estar nas terras do Senhor.
Aquela figueira, por ter folhas, aparentava ter vida em abundância, todavia, isso não era verdade. Para ser verdade ela deveria ter frutos, muitos frutos. Tudo que tem vida em abundância gera vida. Aquela figueira não estava gerando vida, portanto, não foi Jesus que deu a sentença de morte para ela, pois a vida não iria prosseguir após ela. Não basta estar vivo, tem que gerar vida, e isso aquela figueira não estava fazendo.
Deus, por muitos anos, olhou para Israel não para ver se aquela nação estava vivendo bem e confortável, mas para ver se estava produzindo os frutos esperados, se estava abençoando os povos como fora gerada para fazer. Mas Israel só aparentava vida. Na verdade, estava morta em si mesma.
Hoje, nós somos o povo de Deus. Nós, que afirmamos crer em Cristo, somos o Israel de Deus. Nós somos a figueira do Senhor. O que diremos para ele se ele passar por nós e não encontrar frutos? Qual será a desculpa que daremos ao Senhor? Falta de tempo para evangelizar? Estamos abatidos demais ultimamente com as muitas lutas? Temos dificuldade para chegarmos nas pessoas e apresentarmos o amor de Deus, seja com palavras ou atos? Sejamos sinceros, acreditamos mesmo que essas ou qualquer outra desculpa será aceita pelo Senhor?
Será que existe uma desculpa que poderia justificar uma ausência de frutos em nossa igreja ou, até mesmo, em nossa vida particular como crentes no Senhor?
Creio que não. O Senhor nos chamou para que demos frutos, e muitos frutos.
Verdadeiras figueiras do Senhor produzem frutos em abundância. Isso é um fator que diferencia verdadeiras igrejas das falsas igrejas, verdadeiros crentes dos falsos crentes.
Tudo que é vivo, gera vida. Uma igreja vivificada pelo Espírito, gera novas vidas no Espírito. Pessoas vivificadas pelo Espírito, geram novos crentes em Cristo Jesus.
Igrejas e crentes vivos em Cristo geram vida porque oram, pregam, evangelizam, acolhem os sem rumo, aconselham, exortam em amor, ajudam, abraçam, compadecem-se dos rejeitados pela sociedade, perdoam, são pacientes, bondosos, investem no reino de Deus e não apenas em coisas materiais como as pessoas do mundo, não vivem apenas para o trabalho, mas investem o seu tempo em vidas, na igreja, em missões e no reino de Deus.
Sejamos figueiras frutíferas para honra e glória do Senhor.
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