Estar em Cristo é um desafio para todos nós, pois nossos corações pecaminosos resistem aos princípios, valores, prioridades e forma de viver do reino de Deus.
Nossa carne não desiste de lutar pelos seus desejos e pela nossa exaltação e honra diante de outros.
Enquanto o mundo insiste em machucar pessoas com comentários destrutivos, prega a maledicência pelas costas e nos incentiva a planejarmos o mal daqueles que vemos como inimigos, Jesus diz àqueles que se identificam e se declaram como discípulos seus:
“Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem”
Mateus 5. 44
Não é algo fácil para ninguém, nem para os que creem, viver isso todos os dias.
Nossa natureza caída insiste na rebeldia, nos comportamentos opostos aos esperados no reino de Deus.
Às vezes sabemos dessa vontade do Senhor para nossas vidas há anos, mas rejeitamos cumpri-la.
O egoísmo, a sede de vingança e o prazer maligno que temos de ver a destruição e o sofrimento dos nossos supostos agressores comumente prevalecem, infelizmente.
Sempre dizemos que queremos ser diferentes do mundo, cada vez mais semelhantes ao Senhor, mas negligenciamos o primeiro e maior dos princípios do reino dos céus: o amor a Deus e ao próximo.
Na mesma perícope, Jesus continua dizendo:
“Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! Se saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso.”
Mateus 5. 46, 47
Na verdade, Jesus ainda foi misericordioso conosco, pois às vezes nos é difícil amar até mesmo aos irmãos, quanto mais aqueles que não nos amam, nem se importam, nem falam bem de nós.
Quantas vezes você já viu um irmão e teve vontade de desviar para não o cumprimentar?
Ou ainda, perceber que está falando mal de um irmão para outro?
Ou pior ainda, provarmos dessas atitudes pecaminosas no ambiente familiar, com aqueles que crescemos juntos?
Infelizmente, essas coisas não são tão raras.
Sabemos que esses não são comportamentos aceitos por Deus, mas mesmo assim rejeitamos o amor e escolhemos a forma mundana de vivermos e nos relacionarmos com outros.
Jesus continua desenvolvendo o seu raciocínio, dizendo:
“Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês”
Mateus 5. 48
O padrão, portanto, é altíssimo.
Devemos buscar ser perfeitos como Deus é perfeito em seu amor, atitudes, palavras e comportamentos, tanto com os que o amam e honram como com aqueles que o rejeitam e desprezam.
Será que conseguimos viver segundo o padrão do reino de Deus?
A resposta para essa pergunta deve ser dada em duas partes.
Primeiramente, devemos dizer que é impossível vivermos segundo o reino de Deus.
Não está em nós viver de forma tão santa e com esse amor tão profundo, verdadeiro e comprometido.
Se tentarmos lutar contra a nossa carne com seus desejos e comportamentos, sempre perderemos.
Sozinhos, nada podemos fazer.
Continuaremos, por anos e anos, indo na igreja e agindo sempre com o mesmo desamor.
A segunda parte da resposta, de certa forma, contradiz a primeira.
É possível vivermos segundo o que Cristo disse?
Sim, pois aquilo que nos é impossível, é possível para Deus.
Ou seja, se buscarmos humildemente no Espírito Santo a transformação que só ele pode efetuar em nós, cada dia que passa estaremos mais semelhantes àquele que chamamos de Pai.
Um novo ano está para começar.
Temos novamente a chance de escolher o amor.
Não precisamos continuar como rebeldes no reino do Senhor, ignorando aquilo que o Salvador nos ensina a viver diariamente.
Em 2024, não temos que permanecer cativos da carne pecaminosa.
Podemos, humildemente no Espírito Santo, perdoar, reconciliar, dizer palavras de vida e não de destruição, abençoar ao invés de maldizer e amaldiçoar.
Faça de 2024 um ano de transformações profundas no seu coração.
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