No sermão do monte, o Senhor Jesus ensinou seus discípulos sobre diversos aspectos da vida com Deus.
Entre esses, ele tratou sobre os juramentos (Mt 5.33-37), assunto que já era ensinado no Antigo Testamento.
Como já sabemos, a graça não anula a Lei, pelo contrário, ela a cumpre e vai além dos limites estabelecidos por ela, e isso por amor a Deus e ao próximo.
Por essa razão, Jesus Cristo inicia o tema lembrando seus discípulos que a Lei os direcionava a não jurar falsamente, pelo contrário, para cumprir todos os juramentos feitos diante de Deus (Lv 19.12; Nm 30.2).
Na sequência, o Senhor passa a apresentá-los o caminho maior e superior do reino de Deus que chegara com ele.
Os princípios, valores e prioridades do reino que ele veio estabelecer afetariam também a questão dos juramentos.
Ele não anula o que a Lei dissera, pelo contrário, ele propõe a vereda da justiça eterna que excede em graça, amor e compaixão a Lei mosaica.
Sendo assim, Jesus ensina aos seus discípulos que não jurem de forma alguma, por nada nem ninguém, nunca. O SIM deles deve continuar sendo SIM, e o NÃO, NÃO.
O Pai, o Filho e o Espírito são assim.
Esse é o caráter divino a nós apresentado na pessoa do homem Jesus de Nazaré.
Quando Deus afirma que nossos pecados estão perdoados, eles realmente estão.
Quando Deus nos faz filhos e filhas pela fé em Jesus Cristo, ele não volta atrás nem se arrepende.
Podemos estar certos que para cada promessa de Deus já temos o seu SIM em Cristo Jesus, nosso Senhor (1Co 1.20).
Da mesma forma, os NÃOS de Deus continuam sendo NÃOS.
Por exemplo, desde o princípio ele disse NÃO às trevas, dizendo: Haja luz (Gn 1.3).
Esse mesmo NÃO continua e estará presente na eternidade.
Ou seja, quando o reino que Jesus trouxe consigo for estabelecido de forma plena, já não haverá mais trevas na criação.
A luz de Cristo prevalecerá sobre todo mal para todo o sempre.
O verdadeiro discípulo de Jesus não deve jurar por ninguém, nem nada nos céus, nem na terra.
A sua palavra (o seu sim e o seu não) deve ser suficiente.
Você pode estar pensando:
Mas como as pessoas vão confiar em mim, apenas na minha palavra?
É verdade, isso é complicado.
O único caminho para chegarmos ao ponto de confiarem em nós é assimilarmos o caráter de Cristo e vivermos segundo ele.
Com o tempo, as pessoas verão que nossa palavra é sempre honrada, que o nosso SIM é realmente SIM, e o nosso NÃO, continua sendo NÃO, mesmo quando o manter a palavra implique em complicações e perdas.
Os primeiros que devem ver o caráter de Cristo em nossa vida são nossos filhos.
Desde cedo eles têm que aprender que o SIM é SIM, e o NÃO é NÃO.
Eles não podem nos ver como pessoas vacilantes, que oscilam entre o que é certo e o que é errado, o que é prioritário e o que é secundário.
Eles devem ver em nós pessoas que honram a palavra dita e que nossos SIM e NÃO são sempre dados em amor.
Muitos pais acabam cedendo em suas palavras por comodismo, para a criança parar de chorar, incomodar ou atrapalhar naquilo que naquele momento é colocado como prioridade, acima dos filhos, como o trabalho, um futebol na TV ou uma novela, por exemplo.
Não precisaremos de juramentos nem de garantias para que acreditem em nossas palavras e compromissos assumidos se o caráter do Deus que cremos estiver evidente em nossa vida diária.
Se pessoas duvidam, provavelmente o problema não está nelas, mas em nós.
Talvez os nossos SIM e NÃO sejam inconstantes, funcionam de acordo com nossas vontades momentâneas apenas.
Que tipo de caráter o mundo vê em nós?
Como os nossos filhos nos veem?
Que o caráter de Cristo se forme e prevaleça em nós.
PESCA
Texto: Mateus 5. 33-37
Tema: O caráter de Cristo em nós.
Os juramentos
33 ― Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor”. 34 Mas eu digo: não jurem de forma alguma; nem pelos céus, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o estrado dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 36 Não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo. 37 Quando disserem “sim”, que seja realmente sim; quando disserem “não”, que seja não. O que passar disso vem do Maligno.
Mateus 5. 33-37
- Jesus, ao dizer para os discípulos não jurarem, está quebrando a lei mosaica? Por que ele mudou o padrão para os discípulos?
- Por que as pessoas juram umas para as outras hoje em dia? Que tipo de situação as leva a fazer isso? Por que existe essa necessidade entre elas?
- O Senhor ensinou a nós, seus discípulos, um caminho melhor no qual não temos mais a necessidade dos juramentos para validarem nossa palavra e nossos compromissos. Como isso pode se tornar real em nossas vidas hoje?
- Muitos pais não seguem essa direção. Prometem e não cumprem. Mudam de opinião conforme a conveniência. Como os filhos passam a ver pais que fazem isso? Que estragos esse comportamento pode trazer na formação do caráter dos nossos filhos?
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