Árvore de Natal de Londrina
Árvore de Natal de Londrina

O Natal e o cristão

O Natal e o cristão

“Ao entrarem na casa, viram o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram. Então, abriram os seus tesouros e lhe deram presentes: ouro, incenso e mirra”

Mateus 2. 11

Todo ano parece que temos que nos lembrar do sentido deste período do ano: o tempo do Natal.

O seu sentido não está nas grandes festas, apesar de podermos participar de festas maravilhosas nestes dias.

Também não é a abundância e variedade de comidas, mesmo que muitos de nós façamos isso, principalmente na véspera natalina.

E, como todos já estamos cansados de saber, o seu sentido também não está nas coisas materiais, embora tenhamos o hábito de nos presentearmos nestes dias de festa.

O Natal, na verdade, é algo muito simples.

Lembremos daqueles sábios que foram do oriente seguindo uma estrela que brilhou no céu por dias para conduzi-los até o Grande Rei que haveria de nascer.

Deus, certamente, havia lhes comunicado a chegada do Salvador ao mundo.

Não sabemos como, mas ele o fez, afinal, o Salvador não viria apenas para Israel, mas para todo o mundo.

Aqueles gentios também seriam abençoados com a chegada do Rei Eterno.

Eles não eram homens desocupados, sem preocupações ou com a vida tranquila.

Somos sempre tentados a pensar que a nossa vida é a mais corrida do mundo, que ninguém tem tantos compromissos como nós.

Eram sábios, conhecedores das ciências, como a química, por exemplo.

Eram estudados e respeitados onde viviam.

Com muitas atribuições e expectativas de outras pessoas.

Todavia, mesmo sendo homens com uma vida corrida, provavelmente bem mais ocupados do que você que está lendo e já pensou “não mais do que eu”, pararam tudo que estavam fazendo e priorizaram ir ao encontro de Jesus.

Portanto, aprendemos com eles que:

Natal é tempo de repensarmos nossas prioridades, checarmos se Jesus está em primeiro lugar em nossa vida.

O que temos buscado primeiramente na vida?

Não apenas nos dias de Natal, mas durante o ano, quanto do nosso tempo temos consagrado ao Senhor?

Qual tem sido a qualidade do tempo que entregamos a ele?

E não adianta falar: “Dedico pouco tempo, mas é um tempo de qualidade”!

Essa tem sido a desculpa dos cristãos que não querem se comprometer.

Há outro detalhe importante que aprendemos com aqueles sábios do oriente.

Ao chegarem na casa onde o pequenino estava nos braços de sua mãe, Maria, o texto afirma que se prostraram e o adoraram.

Veja bem, eles não adoraram Maria, mas ao pequenino apenas.

Natal é tempo de reavaliarmos e centrarmos a nossa fé novamente em Cristo, em ninguém nem em nada além de Cristo.

Nada nem ninguém pode estar entre nós e Cristo.

Nossa adoração tem que ser a ele, somente a ele, sem mediadores ou intermediários.

Qualquer outra opção é pecaminosa.

Somos tentados também a colocar pessoas que amamos antes do nosso compromisso com o Senhor.

Seja pai, mãe, filho, irmão, cônjuge, noivo ou namorado, está errado!

O trono de nossa vida deve ser somente do Senhor.

Dias atrás, conversei com uma mulher que frequentou por décadas uma igreja evangélica.

Ela foi líder por muito tempo do ministério feminino de tal igreja.

Para minha surpresa e tristeza, ela me disse que tem frequentado uma seita (que se diz evangélica) há anos, mas que o faz para não gerar confusão com o marido.

Ou seja, seu coração está antes no marido do que em Cristo.

Ela está mais preocupada em agradar ao marido, mesmo que desagradando ao Senhor, do que em honrar a sua fé no Salvador.

Uma terceira lição que aprendemos com aqueles sábios do oriente é:

Natal é tempo de reconsagrarmos tudo que somos e temos ao Senhor, pois este é um dos sinais de que somos verdadeiramente seus adoradores.

Aqueles homens, ao chegarem diante daquele recém-nascido, colocaram aos seus pés tudo que tinham de melhor e mais precioso: ouro, incenso e mirra.

Não lhe entregaram restos ou aquilo que não lhes fosse precioso.

Vemos hoje uma crise em muitas igrejas, pois os cristãos não desejam mais entregar o seu melhor ao Senhor.

Preferem dormir do que congregar com os irmãos, do que adorar a Deus na comunidade da fé como ele nos orienta em sua palavra.

Não entregam os dízimos com fidelidade, pois para eles todos os outros compromissos financeiros vêm antes do seu compromisso com a igreja de Cristo e sua obra no mundo.

Alguns fazem pequenas ofertas de vez em quando para aliviar o sentimento de culpa, mas, mesmo assim, o coração continua no dinheiro e não no reino de Deus.

Nesse tempo de Natal, façamos uma reflexão sincera e profunda e que, no final dela, estejamos mais próximos do Senhor e da sua vontade para nossa vida.