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O Natal e o Espírito Santo

O Natal e o Espírito Santo

“Um ramo surgirá do tronco de Jessé, e das suas raízes brotará um renovo. O Espírito do Senhor repousará sobre ele, o Espírito que dá sabedoria e entendimento, o Espírito que traz conselho e poder, o Espírito que dá conhecimento e temor do Senhor”

Isaías 11. 1, 2

Quando os cristãos pensam em Natal, logo lhes vem à mente Jesus Cristo, o Filho de Deus que veio até nós, como um de nós, para a nossa salvação.

No entanto, o Natal também está ligado ao Pai (como já vimos semana passada) e ao Espírito Santo.

Afinal, tudo que a Santíssima Trindade faz é feito pelos Três Eternos que a constituem.

O Espírito Santo não foi apenas um detalhe no primeiro Natal.
Sem ele, o Natal nunca teria acontecido.

O profeta Isaías já havia dito que da descendência de Jessé viria o Messias, o Salvador, o Eleito de Deus.

Esse prometido Cristo, porém, não realizaria a sua obra pelo seu próprio poder, mas pelo poder que receberia do Espírito a ele concedido pelo Pai.

Do Espírito, o Servo Enviado receberia toda sabedoria, entendimento, direção, poder e temor do Criador.

Todo o ministério do Messias seria realizado pela capacitação do Espírito de Deus que sobre ele repousaria.

O Pai afirma por meio do profeta Isaías:

“Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações”

Isaías 42. 1

Após essas palavras, o Pai começa a descrever um pouco do ministério poderoso, amoroso, compassivo, libertador e salvífico que o seu Enviado desenvolveria no poder do seu Espírito (Is 42.2-17).

Todas as suas palavras, atitudes, ações, decisões, objetivos, comportamentos, relacionamentos, valores e prioridades seriam uma consequência do mover do Espírito em sua vida.

Lembremos também que o homem Jesus Cristo, a encarnação do eterno Filho de Deus, foi gerado pelo Espírito de Deus em Maria (Mt 1.18-20).

Ou seja, ele não foi fruto de uma relação sexual (ou de técnicas científicas avançadas de fertilização) como as outras crianças que nasceram até hoje.

O Cristo de Deus é o princípio de uma nova criação, uma nova realidade.

Ele é um milagre do Espírito!

Em Jesus, o Pai estava fazendo novas todas as coisas por meio do agir do seu Espírito.

Se você buscar em sua memória, encontrará que quando Deus criou o homem ele o fez do pó da terra e, para lhe dar vida, soprou do seu Espírito nas suas narinas para que vivesse (Gn 2.7).

Ou seja, o ser humano não existiria, não teria vida se não fosse pelo agir do Espírito nele, vivificando-lhe com um sopro divino.

Ali começou a história da humanidade.

Foi o nascimento do primeiro Adão, o Adão da carne, ligado e limitado a este mundo.

O apóstolo Paulo nos ensina que Jesus Cristo é o segundo Adão, o Adão da nova criação, o espiritual, ligado ao céu e às coisas eternas (1Co 15.45-49).

Jesus é o Adão que nos convida a participarmos da eternidade junto ao Pai, eleva-nos para um outro nível existencial, mais alto: nele somos feitos filhos de Deus pelo poder do Espírito em nós! 

Note algo importantíssimo aqui: tanto o primeiro Adão (aquele que está ligado e preso a este mundo) quanto o segundo Adão (o espiritual e ligado às coisas celestiais e eternas, Jesus Cristo) tiveram seus nascimentos devido à ação vivificadora do Espírito Santo.

Ou seja, tanto a humanidade terrestre e material quanto a espiritual, nova e eterna foram geradas pelo mesmo Espírito.

Podemos, portanto, perceber uma verdade nessa reflexão:

Toda vida se inicia pelo agir do Espírito. 
Sem ele, não há a menor possibilidade da vida existir.
Nosso existir depende totalmente dele, o Senhor da Vida!

O Natal é um segundo começo do Pai para a humanidade em Cristo.

É um convite, pelo poder do Espírito, para adentrarmos na realidade eterna, celestial.

O Natal marca o início de um novo período, o tempo do Paráclito.

Inicialmente, o Consolador agiu poderosamente pela vida do Messias, o Rei Eterno prometido pelos profetas.

Essa foi a chegada do Reino sobre a terra. Porém, cinquenta dias após a ressurreição de Cristo pelo poder vivificador do Espírito, esse mesmo Espírito foi derramado sobre todos aqueles que estavam ligados, pela fé, ao Senhor Jesus.

O poder do Espírito Santo no Natal é Deus começando a fazer novas todas as coisas.
É a chegada da nova vida, da nova criação.

Nesse tempo natalino, entregue-se ao Espírito Santo, sem barreiras, limites ou restrições.