A murmuração é um pecado pouco comentado nas pregações e estudos das igrejas.
Ignorância nossa? Talvez.
Medo de sermos confrontados com a verdade e de ser exposto um pecado habitual nosso? Sim, pode ser.
Mas, independentemente da razão, temos que conversar sobre este tema tão importante.
Iniciemos compreendendo o seu significado:
Murmurar é reclamar insistentemente de outros, de algo ou alguma situação; é resmungar, queixar-se.
Deixemos mais claro com exemplos práticos.
Quando alguém faz algo que não gostamos ou não aprovamos e, ao invés de conversarmos com tal pessoa diretamente, vamos reclamar a outros, estamos murmurando, estamos pecando, agredindo tal pessoa e ao Senhor ao mesmo tempo.
Quando passamos a reclamar o tempo todo da vida, da comida que temos, do trabalho, das pessoas, da igreja, enfim, de qualquer elemento ou pessoa em nossa vida, estamos cometendo o pecado da murmuração e desagradando a Deus.
Essas atitudes demonstram ingratidão com o Senhor por tudo que tem nos dado, e se envolver alguma outra pessoal, total desrespeito e falta de maturidade de nossa parte.
Não devemos viver lamentando com tristeza as coisas que recebemos do Senhor.
Também não convém a um cristão murmurar e maldizer outros, pelo contrário, ao invés de lançar palavras difamatórias e opiniões que podem corromper outros corações, deve ir até aquele que o tem incomodado e conversarem pessoalmente, em amor, visando o bem.
Se não desejamos conversar com tal pessoa, então fechemos nossos lábios e guardemos nossas colocações e opiniões para nós mesmos.
O apóstolo Paulo, 1Co 10. 10, nos exorta a evitarmos radicalmente esse pecado, pois traz extrema destruição aos que o praticam.
Deus não deixaria impune alguém que insiste em levar destruição para outras vidas ou, até mesmo, para o nome dele.
O mesmo apóstolo, a partir de Fl 2. 14, nos diz para fugirmos de tal prática para que nos tornemos, cada vez mais, como Cristo.
Afinal, são nossos atos que revelam a nossa real filiação.
Se afirmamos ser filhos de Deus, vivamos como o nosso Pai deseja e nos chama para vivermos todos os dias.
Não podemos nos declarar discípulos de Cristo e insistirmos na vida dominada pela carne, como se fôssemos ímpios.
No livro de Judas, lemos sobre essa atitude reprovável:
Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias.
Judas 1. 16a
Portanto, mães, não reclamem dos esposos para os filhos.
Pais, não reclamem de suas esposas para seus filhos.
Filhos, não murmurem sobre os pais nem irmãos que o Senhor deu a você para serem uma parte importante na sua vida.
Não murmure sobre o seu trabalho, pois muitos gostariam de estar empregados no seu lugar, ganhando o que você ganha para viver.
Na igreja, não viva reclamando dos irmãos ou se tornará um instrumento do Diabo para divisões na casa do Senhor.
Tem algo contra a liderança ou a forma dela liderar? Vá até o líder em questão e converse pessoalmente.
Se não estiver pronto para isso, fique em silêncio e ore por você e por ele, pois assim você não será um instrumento de desânimo e destruição na igreja.
Quando algum murmurador começar a falar, mude de assunto ou acabe a conversa ali.
É mais fácil murmurarmos do que olharmos para dentro de nós mesmos e trabalharmos a verdadeira causa da nossa insatisfação.
Todo murmurador está distante do Senhor.
Tem sido tentado a murmurar? Ore mais.
Meça as palavras antes de proferi-las.
Busque a Deus.
PESCA
Tema: O pecado da murmuração
Texto: Números 14. 26-38
É importante lembrarmos que este texto vem logo após o povo murmurar com o relatório dos espias sobre a terra que o Senhor havia prometido a eles.
O castigo do povo
26Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: 27“Até quando esta comunidade ímpia se queixará contra mim? Tenho ouvido as queixas desses israelitas murmuradores. 28Diga-lhes: Juro pelo meu nome, declara o Senhor, que farei a vocês tudo o que pediram: 29Cairão neste deserto os cadáveres de todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que se queixaram contra mim. 30Nenhum de vocês entrará na terra que, com mão levantada, jurei dar-lhes para sua habitação, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. 31Mas, quanto aos seus filhos, sobre os quais vocês disseram que seriam tomados como despojo de guerra, eu os farei entrar para desfrutarem a terra que vocês rejeitaram. 32Os cadáveres de vocês, porém, cairão neste deserto. 33Seus filhos serão pastores aqui durante quarenta anos, sofrendo pela infidelidade de vocês, até que o último cadáver de vocês seja destruído no deserto. 34Durante quarenta anos vocês sofrerão a consequência dos seus pecados e experimentarão a minha rejeição; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra. 35 Eu, o Senhor, falei, e certamente farei essas coisas a toda esta comunidade ímpia, que conspirou contra mim. Encontrarão o seu fim neste deserto; aqui morrerão”.
36Os homens enviados por Moisés em missão de reconhecimento daquela terra voltaram e fizeram toda a comunidade queixar-se contra ele ao espalharem um relatório negativo; 37esses homens responsáveis por espalhar o relatório negativo sobre a terra morreram subitamente de praga perante o Senhor. 38De todos os que foram observar a terra, somente Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, sobreviveram.
Números 14. 26-38
- Qual é o efeito da nossa murmuração no coração de Deus? Como isso o impacta? (v. 27).
- Nos vs. 28-30, o Senhor promete que fará conforme as palavras de murmuração do seu povo em Nm 14. 2. O que isso nos ensina sobre o poder de destruição das nossas palavras de murmuração? Que tipo de alerta isso nos traz?
- A que pecados a murmuração está ligada de acordo com os vs. 33-35?
- Qual foi a consequência para aqueles que levaram outros a murmurarem? De forma prática, o que isso nos ensina? (vs. 36, 37).
- Após ler o artigo do boletim, comentem no grupo o penúltimo parágrafo, sua verdade e implicações em nossas vidas.
Deixe seu comentário: