Iniciemos este artigo afirmando que não desejamos diminuir ou desrespeitar a religião de outros.
Respeitamos todas as religiões, mesmo as não cristãs.
Cada pessoa tem a liberdade e o direito de escolher o seu próprio caminho espiritual.
Estamos apenas nos posicionando na nossa fé quanto ao papado presente na igreja católica.
Estas semanas fomos bombardeados com notícias sobre o novo papa da igreja católica.
Algumas pessoas, mesmo nas igrejas evangélicas, perguntam a outros:
“Será este melhor do que o outro?” ou “Será mais conservador ou liberal?”.
Perguntas como estas estão por todos os lados.
Mas qual deve ser a nossa atitude em relação ao papado?
Qual deve ser a nossa expectativa como protestantes?
Relembremos um pouco do nosso posicionamento e as razões por trás dele.
A primeira razão porque não apoiamos nenhum papa, seja ele mais liberal ou conservador, radical ou não, se deve ao fato dele usurpar o lugar de Jesus Cristo.
O papa usurpa para si o título de cabeça da igreja, título esse que pertence somente a Jesus Cristo (Ef 1.22,23; Ef 5.23; Cl 1.18).
Como poderíamos honrar alguém que “rouba” o trono que pertence somente ao Senhor Jesus?
Tamanho desrespeito com o nosso Senhor não poderia ser ignorado!
O trono pertence somente àquele que morreu e ressuscitou.
O que qualquer papa faz na terra é o que o Diabo tentou fazer no céu: roubar o trono de Deus.
A segunda razão pela qual nós, protestantes, não seguimos nem honramos o papa se deve ao fato da igreja católica atribuir a ele o título de sumo pontífice, ou seja, mediador entre os homens e Deus.
Por aceitar tal título, entendemos que está ignorando o Salvador e o ministério que o Pai confiou somente ao Filho.
Mais uma vez o papa está usurpando algo que é do Senhor Jesus.
A palavra de Deus afirma que há somente um Deus e somente um mediador entre ele e nós: Jesus Cristo (1Tm 2.5,6).
Ou seja, nem papa, nem Maria, nem santos, nem ninguém, nem nenhuma outra criatura pode exercer tal função.
Só Jesus é a ponte entre nós e Deus (aliás, esse é o significado de pontífice: construtor de ponte).
Ele é o nosso eterno sumo sacerdote.
Nunca houve nem nunca haverá outro além do Ressurreto (Hb 4.14-16; 5.5,6; 7.23-25).
A terceira razão porque não consideramos a liderança do papa sobre nossas vidas nem sobre o cristianismo é que nenhum papa jamais foi a pedra fundamental da igreja, como afirma a igreja católica.
Jesus e a confissão de que ele é o Cristo, o Filho de Deus, é a pedra fundamental da igreja cristã (Mt 16.13-18; 1Co 3.10,11; Ef 2.19-21; 1Pe 2.4-6).
Até mesmo a afirmação de que Pedro foi o primeiro papa é uma mentira.
Ele nunca foi papa!
Pedro foi casado, nunca esteve em Roma, foi enviado pela igreja apostólica ao invés de liderá-la soberanamente, o primeiro concílio da igreja foi liderado por Tiago e não por Pedro (seria estranho ele ser o papa e o concílio ser dirigido por outro).
A quarta razão porque não reconhecemos a autoridade de qualquer papa se deve ao fato de se autointitular “papa”, ou seja, “pai”.
Sendo assim, está usurpando o lugar do Pai eterno.
O sentido da palavra “papa” não é pai na carne, nem significando líder, mas como aquele que é fonte de vida e que tem autoridade para legislar soberanamente na terra.
É exatamente por isso que somos exortados em Mt 23.9 pelo Senhor Jesus.
A quinta razão para não honrarmos o papa se deve ao fato dele usurpar o lugar do Espírito Santo ao se intitular vicarius filii dei.
Ao assumir tal título, o papa está afirmando que ele é o substituto do Filho na terra.
Sabemos muito bem que o Espírito é o substituto do Filho (Jo 14.15-17; 14.25,26; 16.7).
Como aceitaríamos alguém como líder espiritual se tal pessoa ousa usurpar o título do próprio Espírito Santo?
Temos outras razões fortes para não nos submetermos a nenhum papa, mas essas acima já são mais do que suficientes para justificarmos a nossa indignação e ruptura total com tal liderança.
Vivamos a fé autêntica em Cristo e na sua palavra.
PESCA
Tema: O protestantismo e o papado (Ensino)
Para reflexão:
- Pelo artigo do boletim, qual é a primeira razão pela qual não reconhecemos a autoridade papal? O que os três textos bíblicos citados nos ensinam sobre isso?
- E a segunda razão? O que os quatro textos bíblicos citados no artigo nos ensinam?
- E a terceira razão? O que os quatro textos bíblicos citados nos ensinam?
- E a quarta razão? Como o texto de Mt 23.9 está conectado a ela?
- E a quinta razão? O que os três textos citados nos ensinam sobre isso?
*Leia antes o artigo do boletim.
Deixe seu comentário: