Nossos pensamentos são centrais em tudo que fazemos, dizemos e somos.
James Allen, em suas reflexões sobre a mente e os pensamentos, afirma que:
O ser humano é aquilo que pensa, e o seu caráter não passa da soma total de todos os seus pensamentos.
James Allen
A Bíblia também nos ensina essa mesma verdade.
Se quisermos mudar algo em nossa vida, alcançarmos um objetivo maior para experimentarmos da vontade do Senhor que visa o nosso bem, temos que começar pela renovação da nossa mente (Romanos 12. 2).
Ou seja, não basta desejarmos algo ardentemente para nós ou em nossa vida.
Na verdade, alcançaremos somente aquelas coisas que imperam, reinam em nossa mente, ocupam-nos na maior parte do tempo.
Por exemplo, se você afirma que quer viver para Cristo, mas seus pensamentos estão sempre voltados à dinheiro e bens materiais, certamente sua vida não será voltada ao reino de Deus.
Ela será toda dedicada àquilo que ocupa seus pensamentos: dinheiro e bens materiais.
Você pode, infelizmente, até se tornar um “cristão” que tem um deus que antecede Cristo em prioridade, afinal, quem você serve primariamente é o dinheiro e não o Senhor.
Nossas ações não surgem do nada.
Elas, como sementes, são semeadas e cuidadas em nossa mente na forma de pensamentos.
Aquilo que cultivamos, um dia germinará.
Se semearmos pornografia e desejos lascivos, não colheremos santidade e fidelidade conjugal.
Se semearmos vingança, não colheremos paz e reconciliação.
Se semearmos objetivos materiais, não colheremos frutos espirituais que agradam ao Senhor.
Se semearmos dúvida e medo, colheremos angústia e insegurança, mesmo que às vezes nos lembremos que o Senhor é a nossa segurança.
Lembre-se, você é o jardineiro da sua mente.
Aquilo que plantar hoje, colherá amanhã.
Não espere um fruto diferente da semente que lançou nela.
Se você não direcionar hoje com sabedoria e intencionalidade seus pensamentos, acabará destruindo sua vida e das pessoas mais próximas e que mais ama.
É muito fácil culparmos pessoas e situações da vida pelos nossos fracassos, pela nossa desistência e desânimo.
Mas a verdade é outra.
As situações vividas não nos conduzem necessariamente à destruição e ao desânimo, mas sim os pensamentos que cultivamos durante e após cada uma delas.
Tanto a felicidade quanto o sofrimento podem ser instrumentos de bênção e aperfeiçoamento, ou de maldição e destruição.
Depende daquilo que cultivamos em nossas mentes em todo o processo.
Saibamos que:
As circunstâncias não nos fazem, não determinam quem somos.
Elas simplesmente nos revelam quem somos.
Muitas vezes queremos mudar nosso exterior, nossa experiência vivida, mas fugimos da mudança da mente.
Não adianta teimarmos e lutarmos contra a palavra de Deus.
Toda mudança de comportamento e realidade de vida começa com a transformação da mente.
Sem ela, nada acontecerá, mesmo que desejemos muito.
Como mudar a mente?
Precisamos renovar aquilo que semeamos e cultivamos nela durante os dias na forma de pensamento, meditação.
Ou seja, o primeiro passo é cuidar daquilo que entra nela por nossos olhos e ouvidos, pois estas coisas, uma vez que entram e encontram lugar em nosso coração, tornam-se facilmente o centro dos nossos pensamentos, objetivos e desejos cultivados.
Isso nos leva ao segundo passo: não cultivarmos pensamentos nocivos, pecaminosos, que contrariam a vontade divina.
Acontece com todos nós, por sermos pecadores, chegarem pensamentos pecaminosos e destrutivos.
Não conseguimos evitar isso.
Eles chegam de forma inesperada em nossa mente.
No entanto, cabe a nós não os cultivarmos, não alimentarmos tais pensamentos.
Pelo contrário, devemos arrancá-los como ervas daninhas que só prejudicam e destroem aquilo que o Senhor criou.
Você pode me dizer: Pastor, isso é muito difícil. Eu não consigo!
Digo-te que nem você, nem eu, nem ninguém consegue sozinho.
Precisamos da ação poderosa do Espírito Santo em nossa vida.
Orar, estudar a palavra de Deus, meditar na vontade dele, encher a nossa mente das coisas eternas, que vem do alto.
Não basta limparmos a terra.
Temos que ativamente convidar o Espírito de Deus para semear boas sementes em nossa mente, todos os dias.
Se boas sementes não forem semeadas na terra limpa, logo o mato tomará conta novamente e a destruição é certa.
Cuidemos de nossa mente, sempre firmados na ação do Espírito, e cada vez mais o caráter de Cristo se formará em nós.
Só assim nossas atitudes, palavras, compromissos, prioridades, valores e relacionamentos alegrarão o Pai.
PESCA
Tema: O crente e a mente.
- Paulo, em Fl 4. 8,9, ensina-nos algo importante sobre o pensamento. O que é? Como tornar isso uma realidade?
- Como seguir o conselho paulino em Cl 3. 1-4 referente aos nossos pensamentos diante de tantos desafios diários?
- Como as palavras dos nossos lábios podem ser agradáveis ao Senhor? (Leia Sl 19. 14 e Mt 12. 33,34).
- O artigo desta semana fala sobre o crente e os seus pensamentos. Quais lições importantes para sua vida você percebeu no texto? Que desafios práticos você vê nele?
8 Finalmente, irmãos, pensem em tudo o que for verdadeiro, tudo o que for digno de respeito, tudo o que for justo, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, em tudo o que houver alguma virtude ou algo de louvor. 9 Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim; e o Deus da paz estará com vocês.
Filipenses 4. 8, 9
1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, dediquem‑se às coisas que são do alto, onde Cristo está, assentado à direita de Deus. 2 Pensem nas coisas do alto, não nas coisas da terra. 3 Pois vocês morreram, e a vida de vocês está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando Cristo, que é a vida de vocês, se manifestar, então vocês também serão manifestos com ele em glória.
Colossenses 3. 1-4
14 Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, SENHOR, minha Rocha e meu Resgatador!
Salmo 19. 14
33 ― Uma árvore boa dá fruto bom, e uma árvore ruim dá fruto ruim, pois uma árvore é reconhecida pelo fruto que dá. 34 Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração.
Mateus 12. 33, 34
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