Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Senão, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: “Quem é o Senhor?” Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus.
Provérbios 30. 8, 9
Estas são palavras sábias, mas que poucos realmente as falariam com sinceridade hoje.
Em um mundo materialista onde o valor de uma pessoa está em suas posses, dificilmente alguém diria ao Senhor que não deseja ser rico.
Até mesmo nas igrejas evangélicas, local onde a graça divina em Cristo deveria ser o assunto mais ensinado, falado e pregado já perdeu espaço para a prosperidade material, para a adoração ao dinheiro e ao poder do mundo.
O autor, movido pelo Espírito Santo, demonstrou que para ele nada era mais importante que o Senhor, a sua vida de comunhão com o Criador.
Ele rejeita a riqueza, pois ela poderia ser algo que viesse a separá-lo de Deus.
Temia que os muitos bens apagassem a chama do amor que tinha por aquele que sempre cuidou amorosamente de sua vida.
Não é fácil vermos pessoas assim hoje.
O apego ao dinheiro é o que move a grande maioria delas.
Ensinamos nossos filhos a amarem os bens e viverem em função deles.
É claro que, sendo cristãos, não dizemos aos nossos pequeninos: “Adorem ao dinheiro e vivam em função dele, pois ele é a sua segurança e força na vida; é por meio dele que conquistará todo o respeito que deseja na sociedade”.
Contudo, apesar dessas palavras não serem ditas pelos nossos lábios, muitas vezes são ensinadas de outras formas, pois eles aprendem observando nossas prioridades e valores.
Percebem o quanto perdemos a paz quando não temos tudo que esperávamos ter ou conquistar.
Jesus também nos ensinou que é impossível servirmos a ele e vivermos em função do dinheiro, sempre com sede de mais e mais.
Ele disse:
Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.
Mateus 6. 24
É comum vermos aqueles que buscavam a presença do Senhor pela oração, estudando a palavra de Deus e vivendo em comunhão com os irmãos na fé abandonarem todas essas coisas ao começarem a prosperar financeiramente.
Antes, confiavam e esperavam em Deus, agora sua vida é buscar e ganhar mais e mais dinheiro.
Não demonstram nem mesmo gratidão ao Senhor pela provisão, pelo contrário, agem como se fossem autossuficientes e os responsáveis por toda a prosperidade que alcançaram.
Vivem como se fossem prósperos, mas já se tornaram malditos, afinal, estão distantes do Salvador.
O autor também pede para Deus o livrar da pobreza, pois conhecia o pecado que nele existia e toda a sua fraqueza.
Temia sujar o nome do Deus que servia caso algo lhe faltasse e viesse a cair na tentação de roubar algum bem do próximo.
O que todos iriam dizer se fosse pego roubando?
Não apenas o seu nome seria desonrado, mas também o nome do Senhor.
O seu amor por Deus era tão grande que cuidar do nome do Senhor lhe era prioridade.
O seu testemunho de vida era central, pois não apenas a sua honra estava em jogo, mas a do Altíssimo.
Quanto a isso, o apóstolo Paulo nos exorta:
O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês.
Romanos 2. 24
O autor pede a Deus somente o alimento necessário, nem riqueza, nem pobreza.
Isso é fé, confiança e ter o Senhor como a sua maior riqueza.
Paulo também escreve a Timóteo ensinando o mesmo caminho.
Ele diz:
Nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.
1 Timóteo 6. 7, 8
Coloquemos o nosso coração no Senhor.
Que seja ele, o Criador dos céus e da terra, a nossa grande riqueza e segurança.
Não deixemos que nada venha se colocar entre nós e o nosso Salvador, Jesus Cristo.
Busquemos a sua presença todos os dias e que o mundo veja, em nosso testemunho de vida, o quão bom é estar com ele.
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