Todos os dias caímos nos mesmos truques antigos. Esquecemos a transcendência para a qual fomos feitos e olhamos as coisas muito menores como se fossem mais.
Um homem se esquecerá de que, como pai, ele foi acolhido na transcendente glória de ser parte da obra de Deus de formar almas humanas.
Ao contrário, ele vai comprar a glória substitutiva de uma carreira de sucesso.
Mais e mais, sua vida vai ser engolida e definida por seu trabalho.
Cada vez menos seu senso de propósito terá a ver com a comunhão formativa que só ele pode oferecer aos seus filhos.
Tristemente, eles deixam de ser um dos focos da alegria de sua vida e tornam-se uma obrigação em um calendário já demasiado ocupado.
Cada vez menos os seus filhos o conhecerão, respeitarão, confiarão nele ou sentirão o seu amor.
Uma jovem esquecerá a glória transcendente de uma identidade que está enraizada na presença, poder e graça do Redentor.
Ao contrário, ela viverá para a pseudoglória da aprovação de seus pares.
Ela aprenderá e repetirá o vocabulário de seus amigos, adotará o estilo deles, vai rir de suas piadas e até mesmo participará de atividades que irão tocar sua consciência, tudo porque se convenceu de que precisa da aprovação deles.
Haverá momentos em que ela vai se sentir transcendente.
Ela se sentirá como se sua vida tivesse um propósito e significado real porque está ligada a algo maior que ela mesma.
O fato triste é que ela optou por menos.
A comunidade de seus pares se tornou uma comunidade substitutiva da glória transcendente de amar, estar em comunhão diária e adorar o Senhor.
Pode ser que nos contentemos com menos em momentos que são bem menos significativos do que esses.
Estar certo pode substituir o ser gentil, ser servido pode substituir a alegria de servir, o poder pode prevalecer sobre o caráter, as posses podem se tornar mais atraentes do que as bênçãos espirituais, e um momento de independência pode se tornar mais atraente do que a interdependência da comunhão duradoura.
Mesmo receber o último biscoito pode se tornar mais importante do que o amor que foi feito para compartilhar mutuamente.
Quando o inimigo arma ciladas em que você reduz o tamanho de sua vida ao tamanho dos seus sonhos pessoais, desejos e necessidades, ele o tem exatamente onde quer.
Ele obtém vitória todas as vezes que é bem-sucedido na tentação para que troquemos o MAIS centrado em Deus, para o qual fomos criados, por um MAIS centrado no eu.
Sua mentira é esta:
“A transcendência é encontrada quando você vive no centro do seu mundo”.
Ou,
“alegria e satisfação suprema são encontradas quando você vive para você”.
Você pode estar dizendo:
“Eu sou suficientemente inteligente, biblicamente falando, para saber que isso não é verdade!”
Provavelmente sim, mas a luta que estou descrevendo muitas vezes ocorre dentro das fronteiras da boa teologia e da participação ativa na comunidade da fé.
É bastante comum nossa participação na igreja e ainda estarmos satisfeitos, em pequenos momentos da nossa existência, com muito menos do que a transcendência para qual fomos criados.
Quando as pequenas coisas se tornam a grande coisa pela qual eu sempre brigo, eu já abandonei a transcendência pelas sombrias glórias temporárias da criação.
Essas coisas são como um crack espiritual, me dão um pique emocional rápido, deixando-me vazio e com fome para a corrida seguinte.
A verdadeira humanidade está sempre ligada à glória, e a glória verdadeira só pode ser encontrada naquele que é a glória, o Senhor.
Às vezes, mesmo que a graça tenha expandido nossas fronteiras até tocar a glória, insistimos em reduzi-las até os limites desta vida.
O que é o MENOS que tenta roubar a sua atenção?
Texto adaptado d Pr. Paul Tripp.
PESCA
Texto: Marcos 10. 17-22
Tema: Os mesmos truques
O jovem rico
17Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção, pôs‑se de joelhos diante dele e lhe perguntou:
― Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?18― Por que você me chama bom? — Jesus respondeu —. Ninguém é bom, exceto um, que é Deus. 19Você conhece os mandamentos: “Não assassine, não adultere, não furte, não dê falso testemunho, não engane ninguém, honre o seu pai e a sua mãe”.
20Então, o homem respondeu:
― Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência.21Jesus olhou para ele com amor e disse:
― Falta uma coisa a você: vá, venda tudo o que possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga‑me.22Diante disso, ele ficou abatido e afastou‑se triste, porque tinha muitas riquezas.
Marcos 10. 17-22
- Podemos notar no texto que o homem que foi até Jesus era religioso e buscava cumprir aquilo que aprendia da palavra de Deus.
- Isso o deixou imune ao erro, evitou que desviasse da essência da verdadeira fé?
- Onde ele errou?
- Isso o deixou imune ao erro, evitou que desviasse da essência da verdadeira fé?
- Como podemos, mesmo ativos na igreja, cairmos nas tentações e ciladas do Diabo?
- Como as pequenas e simples coisas da vida se tornam ciladas do inimigo para tomarmos decisões erradas como a do homem no texto?
- Discutam o 2º texto em azul do artigo do boletim. Como podemos relacionar tal citação ao homem do texto bíblico? E à nossa vida?
- De acordo com o texto bíblico e com o artigo do boletim, o que é o MENOS que tenta roubar sua atenção hoje?
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