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Ouro e prata ou Cristo?

Ouro e prata ou Cristo?

Uma passagem muito conhecida da Bíblia é o encontro dos apóstolos Pedro e João com um coxo de nascença que pedia esmola na entrada do templo.

Ao ver os apóstolos se aproximando, o homem passou a implorar por esmola.

Pediram-lhe para olhar para eles e, então, Pedro disse:

“Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”

Atos. 3. 6

Dito isso, Pedro ajudou-o a se levantar e firmar seus pés no chão.

Aquele que fora coxo por toda a sua vida, agora, no poder e autoridade do nome de Cristo, passou a caminhar, pular, celebrar e louvar ao Senhor pelo milagre realizado em sua vida.

Ocorreu um fato muito marcante e interessante no século 13 relacionado a essa passagem bíblica.

O teólogo Tomás Aquino foi visitar o papa Inocêncio III, líder da Igreja Católica Romana naqueles dias.

O papa, cheio de orgulho pelas conquistas materiais de tal igreja, enquanto mostrava um pouco daquele império religioso e suas riquezas, disse com satisfação àquele teólogo:

“Veja Tomás, a igreja não precisa mais dizer que não tem prata nem ouro”.

A isso, Tomás respondeu prontamente:

“É verdade, mas agora já não pode mais dizer “em nome de Jesus, o Nazareno, levanta e anda!”

É muito fácil nos desviarmos da fé autêntica como tal papa e muitos outros na história fizeram.

Mesmo estando em uma igreja onde a Bíblia é aberta e ensinada, ou fazendo parte da comunidade da fé desde o nascimento, muitos se perdem ao priorizarem os bens materiais em suas vidas.

Em muitas igrejas pseudoevangélicas é ensinado aos “crentes” a amarem e viverem em busca de bens materiais.

Fala-se de Jesus, chamam-no de Senhor, mas a sua fé não passa de um anseio doentio por prosperidade material.

Seus pastores, na verdade lobos do inferno, discipulam e treinam tais “crentes” a celebrarem, acima de tudo, as riquezas do mundo.

Por eles, Jesus é, na prática, transformado de Senhor em um servo dos crentes que deve sempre recompensá-los com “ouro e prata”.

Já não buscam Jesus por amá-lo (apesar de afirmarem que o amam), por desejarem estar mais perto do Salvador, mas por ansiarem ter seus sonhos materiais realizados neste mundo.

Uma prova de que vivem uma fé de interesses mundanos é que muitos deles, em algum momento da sua jornada espiritual, acabam abandonando a igreja e tudo que diziam crer fervorosamente.

Geralmente isso ocorre devido a uma frustração.

Por estabelecerem metas mundanas para a fé e criarem expectativas opostas às prioridades e valores do Reino de Deus, decepcionam-se com o cristo que criaram.

Por crerem em um falso cristo, inoperante, irreal e inexistente, é impossível a desilusão não acontecer em algum momento.

Esperam em promessas nunca feitas por Deus, creem em um falso evangelho centrado no ser humano e não em Cristo e seu reino eterno, seguem lobos mundanos e não pastores do Senhor.

Uma forma discreta que essa mesma realidade entra em nossas vidas ocorre quando estamos dentro de uma igreja fiel às Escrituras Sagradas, onde o verdadeiro Cristo é pregado e os valores e prioridades do reino de Deus são ensinados, mas insistimos em viver pelas riquezas do mundo.

O dinheiro, o trabalho, os bens são os elementos que ocupam nossa mente o tempo todo.

Falamos de Cristo, vamos à igreja, mas vivemos pelas coisas do mundo.

Confessamos com os lábios o senhorio de Cristo, mas é uma confissão furada, sem valor, pois demonstramos claramente que temos outro senhor (ou senhores) sobre nossa vida.

Declaramos conhecer Deus, mas somos ateus na prática, pois vivemos como se ele não existisse, como se a obra de Cristo fosse uma mentira, algo sem valor.

Ou buscamos prata e ouro, ou buscamos Cristo.

Não nos iludamos: É impossível servir a Deus e às riquezas do mundo (Mt 6. 24).

Tiremos o nosso coração destas riquezas mundanas.

Acumulemos tesouros eternos e incorruptíveis em Cristo, no céu.

Busquemos sempre o poder e autoridade que vem da comunhão com o Espírito e não o poder temporal e mundano.


PESCA

Tema: Ouro e prata ou Cristo? (Adoração)

Texto: Atos 3. 1-10

Pedro cura um mendigo aleijado

1 Certo dia, Pedro e João estavam subindo ao templo na hora da oração, às três horas da tarde. 2 Um aleijado de nascença estava sendo levado para a porta do templo chamada Formosa; ali era colocado todos os dias para pedir esmolas aos que entravam no templo.

3 Ao ver que Pedro e João iam entrar no pátio do templo, pediu‑lhes esmola. 4 Pedro e João olharam bem para ele e, então, Pedro disse:

― Olhe para nós!

5 O homem olhou com atenção para eles, esperando receber alguma coisa.

6 Pedro disse:
― Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho dou a você. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande.

7 Segurando‑o pela mão direita, ajudou‑o a levantar‑se, e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8 De um salto, pôs‑se em pé e começou a andar. Depois, entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus. 9 Quando todo o povo o viu andar e louvar a Deus, 10 reconheceu que ele era o mesmo homem que costumava mendigar sentado à porta do templo chamada Formosa. Todos ficaram perplexos e muito admirados com o que lhe tinha acontecido.

Atos 3. 1-10
  1. Quando aquele que era coxo ouviu os apóstolos dizendo para olhar para eles, o que esperava receber deles? O que será que as pessoas esperam receber da gente hoje em dia, o mesmo que recebem das pessoas sem Cristo? Por quê?

  2. Pedro não disse com vergonha que não tinha dinheiro, nem frustrado por servir a Deus e não possuir bens materiais. Pelo contrário, considerava-se um privilegiado. Por que os crentes hoje se preocupam tanto com os bens deste mundo?

  3. O que o encontro entre Tomás Aquino e o papa Inocêncio III citado no artigo desta semana nos ensina sobre riquezas, fé e poder do Espírito?

  4. Quais são algumas formas que encontramos hoje para viver uma fé centrada nas riquezas do mundo ao invés de Cristo e seu reino?