Ansiedade é pecado por dois motivos.
Por ser falta de confiança em Deus e porque significa recusar a providência de Deus em nossa vida.
Preocupação é sinônimo de ansiedade.
Embora algumas traduções de Mateus 6.25-34 usem a palavra ansiedade, a Bíblia NVI usa o verbo preocupar-se.
Todavia, o uso popular geralmente associa preocupação a uma dificuldade de longo prazo ou a uma situação dolorosa sem solução aparente.
São essas circunstâncias que normalmente provocam insônia e nos fazem passar a noite “preocupados” com o que fazer, mesmo sabendo que não podemos fazer nada.
Por exemplo, alguns de meus amigos têm filhos adultos com deficiência física ou mental.
Esses amigos passam noites em claro preocupados com o futuro dos filhos depois que os pais morrerem.
Mesmo que dinheiro não fosse um fator, e é para meus amigos, a pergunta que não quer calar é:
Quem cuidará de meus filhos?
Essas situações são difíceis de verdade, e tenho de ser sensível aqui porque nunca vivi uma circunstância aparentemente sem solução como essa.
Não quero, portanto, menosprezar situações desse tipo.
No entanto,
Se quisermos continuar apegados à Bíblia, não podemos fazer outra coisa a não ser o que ela manda: “Não se preocupem com o amanhã” (Mt 6.34).
Temos as promessas de Deus e o auxílio do Espírito Santo nas horas de dificuldade.
Um amigo, que está vivenciando uma dessas situações de longo prazo, chamou minha atenção para esta tradução de 1Pe 5.7:
“Jogue fora todo o peso de suas ansiedades sobre ele, pois ele tem interesse pessoal em você”.
Embora muitos considerem essa versão uma paráfrase, acho que ela assimila corretamente o significado do texto.
Jesus afirmou que Deus não esquece de um simples passarinho (Lc 12.6). Pensando assim,
Será que Deus não cuidaria muito mais de você que é filho dele?
No entanto, a verdade é que muitas vezes a situação se amplia aos nossos olhos e fica maior que as promessas de Deus, e achamos difícil acreditar no que ele prometeu.
Nessas horas, o pai de um menino com possessão demoníaca me encoraja bastante:
“Eu creio! Ajuda-me na minha incredulidade” (Mc 9.24).
Existe uma vasta diferença entre incredulidade obstinada como a do povo de Nazaré (Mc 6.5,6) e a fé laboriosa desse pai.
Deus respeita nossos esforços e o Espírito Santo virá em nosso auxílio.
O importante é honrar a Deus com nossa fé, mesmo fraca e vacilante, e não o desonrar com nossa incredulidade escancarada.
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