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Que sede é essa?

Que sede é essa?

1 Como a corça anseia por águas correntes,
a minha alma anseia por ti, ó Deus.

2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.
Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?

Salmo 42. 1, 2

Nesses versículos podemos perceber o quanto o salmista tinha sede de Deus, de estar diante dele, sendo tocado, ministrado, restaurado, curado, liberto por ele.

Não era uma sede qualquer, mas uma sede como se sua existência toda dependesse de tê-la saciada o quanto antes.

Não era uma sede que seria satisfeita e, logo após, ele poderia sair da presença do Senhor novamente.

Pelo contrário, ele deveria permanecer por toda a sua vida, em cada segundo vivido, na presença do Criador amado.

Essa sede, entretanto, não é apenas do salmista, mas algo que está em cada ser humano.

Somos criados com essa sede de Deus.

Como diz Jonas Madureira em seu livro “Inteligência Humilhada”,

“o homem não tem desejo; o homem é desejo”.

O ser humano foi criado de tal forma que ele é fome, apetite, necessidade de Deus.

Fomos criados para sermos adoradores do Senhor e, distantes dele, esse desejo nos destrói.

Podemos ter fome de comida, ter sede de água, desejos por coisas materiais, mas, no que se refere à Deus, nós não simplesmente temos desejo ou necessidade dele, nós somos desejo e necessidade.

Não conseguimos fugir disso.

Fomos criados para ele, para estarmos em profunda comunhão com o Autor da Vida.

O Deus de amor gerou-nos para sermos apaixonados e comprometidos com ele, vivermos um amor real e eterno juntos dele, experimentarmos do amor e da comunhão que o Pai, o Filho e o Espírito vivem desde a eternidade.

Somos famintos e necessitados de Deus.

Por isso, cada ser humano que decide viver sua vida separada do Pai revelado a nós por Cristo no poder do Espírito acaba se afundando em pecado e em muitas distorções mundanas e materialistas que, por fim, destroem sua vida, família e relacionamentos.

Tentando matar o apetite de sua alma por Deus, mas em fuga dele, acabam substituindo o Criador por pessoas, coisas, prazeres e vícios que, além de não poderem aplacar sua sede existencial, conduzem-os pelo caminho da desolação e sofrimento que encontram o seu fim na morte eterna.

Alguns de nós escolhem fingir que resolveram o problema da necessidade que temos de estar na presença de Deus, em comunhão, optando por uma vida religiosa.

Tornam-se religiosos profissionais, exímios frequentadores de igrejas, não perdem cultos, tem uma linguagem extremamente religiosa, oram bonito, conhecem a teologia da igreja que frequentam, chamam os outros que frequentam a igreja de irmãos, no entanto, não possuem uma vida de comunhão com o Senhor.

A religião se tornou uma tentativa de substituir uma vida na presença de Cristo e um relacionamento de amor com o Espírito Santo.

Esses não são diferentes daqueles que se afundam nos vícios, numa vida materialista ou numa entrega total para a realização dos desejos da carne.

Na verdade, são vazios e ainda sentem que estão incompletos, necessitados, carentes, sedentos, famintos e desejosos do Triúno Deus.

Chamam Deus de Pai, mas negam, a si mesmos e a ele, uma vida de comunhão, amor e dedicação.

Podem disfarçar, esconder a realidade de outros e até de si mesmos, mas no fundo, se forem sinceros, sabem que vivem uma mentira e que estão ainda como a corça sedenta em busca de águas correntes e límpidas para saciar tal sede.

Nada além daquela água pode resolver o seu problema, nada mais!

É preciso acordar.

Enquanto não tivermos Jesus no centro de nossa vida, continuaremos insatisfeitos e fingindo satisfação; tendo alguns momentos de alegria e prazer, mas existindo em uma realidade de necessidade, falta de propósito, fome, carência e insuficiência.

Você não precisa fingir satisfação, simular que sua sede e fome de Deus foram aplacadas, que o seu desejo de vida foi realizado.

O que realmente precisa é coragem, humildade e decidir por Cristo.

Isso, no entanto, não quer dizer ser batizado ou frequentar a igreja simplesmente.

É escolher estar em Cristo, andar com ele, viver para ele, amá-lo, adorá-lo, fazer tudo para a sua glória e honra, priorizá-lo, ter intimidade todos os dias, em todos os momentos; é buscá-lo e também deixar-se ser encontrado, tocado, transformado, santificado.

Você foi criado como um ser desejante, necessitado da presença divina, faminto e sedento do Senhor.

Só existindo nele, o tempo todo, encontrará vida, paz, alegria e satisfação real.

Decida hoje por Cristo!


PESCA

Texto: Salmo 42 (Adoração)

1 Assim como a corça suspira
pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus, suspira
a minha alma.

2 A minha alma tem sede de Deus,
do Deus vivo.

3 As minhas lágrimas têm sido
o meu alimento dia e noite,
enquanto me dizem
continuamente:
“E o seu Deus, onde está?”

4 Lembro-me destas coisas —
e dentro de mim
se derrama a minha alma —,
de como eu passava
com a multidão de povo
e os guiava em procissão
à Casa de Deus,
entre gritos de alegria e louvor,
multidão em festa.

5 Por que você está abatida,
ó minha alma?
Por que se perturba
dentro de mim?
Espere em Deus,
pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio
e Deus meu.

6 Sinto abatida dentro de mim
a minha alma;
lembro-me, portanto, de ti,
nas terras do Jordão, no Hermom,
e no monte Mizar.

7 Um abismo chama outro abismo,
ao ruído das tuas cachoeiras;
todas as tuas ondas e vagas
passaram sobre mim.

8 Contudo, o Senhor, durante o dia,
me concede a sua misericórdia,
e de noite está comigo
o seu cântico,
uma oração
ao Deus da minha vida.

9 Pergunto a Deus, minha rocha:
“Por que te esqueceste de mim?
Por que hei de andar
eu lamentando
sob a opressão
dos meus inimigos?”

10 Os meus ossos se esmigalham,
quando os meus adversários
me insultam,
perguntando sem parar:
“E o seu Deus, onde está?”

11 Por que você está abatida,
ó minha alma?
Por que se perturba
dentro de mim?
Espere em Deus,
pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio
e Deus meu.

Salmo 42
  1. Como o salmista estava se sentindo quando escreveu esse salmo? Qual era o problema que ele experimentava?

  2. Se percebermos, o salmista não disse que a alma dele estava com sede de Deus, mas que ela tem sede dele. Qual é a diferença e as implicações para nossa vida? (Veja o texto do boletim, pois pode ajudar na reflexão).

  3. Como podemos relacionar esse salmo com o encontro de Jesus com a mulher samaritana? (Jo 4. 1-18).